Leishmaniose visceral canina será debatida em simpósio internacional em Belo Horizonte.

31/10/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:54am

31 de outubro de 2014 – Belo Horizonte vai sediar o VI Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina, nos dias 15 e 16 de novembro. Organizado pela Anclivepa-MG, o evento promete discutir a doença em todas as suas fases: diagnóstico, tratamento e prevenção.

As inscrições ficarão abertas até o dia do evento e devem ser feitas pelo e-mail anclivepa@anclivepaminas.com.br ou pelo telefone (31) 3297 2282. Para mais informações sobre o evento e a programação,  clique aqui.

Doença zoonótica

Segundo o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral era caracterizada como uma zoonose (doença transmitida aos seres humanos pelos animais) de caráter  rural, mas,  por estar se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte, se tornou um problema de saúde pública no Brasil e em outras áreas do continente americano.

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia), perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações. Ela não é contagiosa, ou seja, não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para os seres humanos.

Transmissão
No Brasil, a Lutzomyia longipalpis é  a principal espécie responsável pela transmissão, que ocorre quando o inseto fêmea pica cães ou outros animais infectados e, em seguida, pica o homem, transmitindo, assim, a doença.  Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

Tratamento 
Nos seres humanos: existe tratamento, que é gratuito e pode ser realizado na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Nos cães:  de acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da doença traz riscos para a Saúde Pública por contribuir com a disseminação da doença, já que os cães não são curados parasitologicamente, e, por isso, permanecem como reservatórios do parasito. Além disso, há o risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitos resistentes às medicações disponíveis para o tratamento da leishmaniose visceral humana.

Confira aqui mais informações sobre a doença.

Posicionamento do Sistema CFMV/CRMVs
Até que a cura para a doença seja cientificamente comprovada, o posicionamento institucional dos Conselho Federal e Regionais de Medicina Veterinária (Sistema CFMV/CRMVs) é pelo não tratamento da doença, garantindo assim a segurança e proteção à saúde pública, em conformidade com a legislação federal, Decreto n° 51.838/1963, código penal e recomendações sanitárias.

Assessoria de Comunicação do CFMV